Dez do Dez


(7/10/2023) Esta semana tive um encontro imediato familiar na quinta-feira, pois o meu neto e os seus respetivos Pais fizeram uma incursão ao nosso País.

Foram 24 horas para uma ida a Alverca onde houve tempo para mimar o Francisco, dar um beijo à Velha e reparar-lhe o telemóvel, visitar a casa do Ricardo, que parece outra com o toque estilista da Mariana, sendo que até o Chico Picasso beneficiou da paciência do Santos, além do toque gastronómico da Berta. 

Quem não gostou da viagem e estadia – mesmo curta – foi o Pizzi que só quer estar na sua fortaleza oriolense, contrariamente ao Pablo que encheu o bandulho com as guloseimas da Avó mais nova, ficava lá na boa, aliás ele fica em qualquer lado, desde que lhe deem de comer e uma caminha para dormir.

De regresso a Oriola comecei a tratar do trabalho para esta semana, numa altura que as competições estão a começar a ferver.

Chegou a hora combinada para o nosso encontro de sábado e eles não tardaram a surgir no monitor.

“Bom dia Tio”, berraram os três.

“Bom dia juventude. Já percebi que estão todos bem, a avaliar pelos muito decibéis que já por aí andam a esta hora do dia”.

“Como está o Francisco?”, perguntou a RODINHAS.

“Muito bem, sempre muito bem-disposto, mas preguiçoso para começar a comer a primeira sopa, a primeira fruta, gostando mais do leite”.

“Se calhar já algum dente que anda por lá a chatear”, prognosticou o OLHA.

“Talvez, as coisas normais num bebé com seis meses. Alguém tem alguma ideia para o fora da caixa?”.

“Eu descobri que hoje é o Dia Nacional dos Castelos”, avançou o ALÉU. “Acho que podemos falar de um que tenhamos conhecido”.

“Parece-me uma boa ideia e não vou perder tempo, pois estive há pouco tempo em Cullera e fui várias vezes, a pé, ao castelo que se distingue na plenitude da localidade costeira, ele que fica aconchegado por uma igreja”, terminei eu.

“Como a ideia foi minha, recordo-me de uma visita ao Castelo de Belmonte que atualmente tem um anfiteatro ao ar livre, além de uma espetacular Torre de Menagem”.

“Assim de repente lembro-me de visitar o Castelo de Guimarães, o berço da nacionalidade, gostei muito, mas como maternidade do nosso país pensei que fosse maior”, afirmou a RODINHAS com uma enorme gargalhada.

“Boa piada! Olhem, eu já visitei vários, mas gostei muito do de Óbidos, que além de ter uma enorme vida dentro das muralhas, tem uma ginja nuns copos de chocolate que é muito boa”, riu-se o OLHA.

“Acho que estamos de acordo, sendo que provavelmente já todos provámos”.

“Siiimmmm…”, confirmaram eles. “Bem, bebida tomada de forma virtual, vamos lá à nossa agenda para o fim de semana. Com muitas competições, a RODINHAS vai espreitar as Cup, a Eurockey de sub-17 e a Elite feminina, o OLHA vai estar atento ao arranque da Segundona, a Terceirona fica para o ALÉU, enquanto que eu vou olhar para o Oliveirense – OC Barcelos”. O que acham?”.

“Vamos a isto, mas antes, hoje não escapas. O que é o almoço por aí?”, perguntou o OLHA.

“Já andava a estranhar, pois vocês têm-se esquecido dessa questão habitual. Hoje vai ser dobrada com feijão branco, vinda diretamente do Camponês”.

“Ui, que bom! Até terça”, despediram-se os três.

Eu pensei que eles já se tinham esquecido da ementa ao sábado.

Quando eles tiveram férias escolares voltam a vir cá um fim de semana.

No FORA DO BANCO de hoje temos um internacional português que saltou de dentro para fora, além de ter nascido na MAC como eu.

Nome Completo: Ricardo Jorge da Silva Barreiros

Clube atual: Sporting Clube de Portugal

Idade: 41anos

Local de Nascimento: São Sebastião da Pedreira, Lisboa

Prato preferido: Complicado… uma boa carne grelhada

Melhor cidade para viver: Corunha

Livro que está na mesa de cabeceira: De momento vários, mas a prioridade está em “A mecânica”

O filme que já viu mais do que uma vez: Braveheart

Jogou hóquei em patins? Se sim, em que clube(es): Desportos e Juventude de Mira Sintra, Sporting Clube de Portugal, Clube Desportivo de Paço d’Arcos, Sport Lisboa e Benfica, Liceo d’A Corunha, Futebol Clube do Porto e União Desportiva Oliveirense

Como/quando chegou a opção de ser treinador: Sem estar planeado convidaram-me e comecei com os sub-20 da UD Oliveirense

Clubes/seleções que já treinou: UD Oliveirense, A. STUART H.C.M e Sporting CP

Mais fácil treinar equipas da formação ou seniores: Treinar é treinar, em contextos diferentes encontramos dificuldades diferentes. Cada grupo tem o seu desafio

Quanto tempo demora a preparar o próximo jogo da sua equipa: Demoro mais tempo a elaborar os treinos. Contudo, dependendo do jogo, pode levar algumas horas de planeamento

Se pudesse, que regra alteraria no hóquei em patins: Joguei num tempo diferente. Não é por ser obrigado atacar a baliza mais vezes que a vou atacar melhor…. acabava com os 45 segundos de ataque

Maior tristeza como treinador: Cada vez que um atleta desiste. É claro que, quanto mais o funil seletivo aperta, menos tem capacidade… mas custa sempre

E, claro, a maior alegria: O contacto que vou mantendo com os meus ex-atletas. É sinal que os marquei, não só como treinador, mas também como pessoa

Para terminar, o que mais o irrita durante um jogo: A impotência que sinto de poder intervir diretamente em determinados momentos do jogo… faz parte.

(9/10/2023) Depois de uma estreia, no mínimo arrojada, estou com curiosidade para ver o que o AMAGADINHO nos apresenta após esta 2ª jornada da 1ª divisão.

“Boa noite Tio”.

“Boa noite. Tudo bem contigo?”.

“Sempre em grande, apesar de já me ter arrependido de uma coisa que disse a semana passada”.

Será que ele vai deixar cair a ideia de fazer uma classificação dos últimos?

“Então o que foi?”.

“Aquela pontuação que eu avancei, vai-me dar uma grande trabalheira, mas já arranjei um Excel para tratar disso”.

Afinal não desistiu.

“Portanto vais fazer uma classificação para os que não são apurados para o play-off, com bónus pontuais como no râguebi?”.

“Tens boa memória, é isso mesmo. E já lhe arranjei um nome, vou chamar-lhe a meia-dúzia do AMAGADINHO, sendo que vou já começar por aí. Os Brutos dos Queixos estão no 1º lugar com 3 pontos, seguidos do HC Braga, Carvalhos e Riba d’Ave com um, enquanto Famalicense e Murches têm zero pontos”.

“Os bónus já a fazerem das suas”, gozei eu.

“Exatamente. Outra coisa, não vou dizer o nome comercial do campeonato, pois não me pagam para isso”.

“Sem problema, podes continuar”.

“Vamos lá então encarar esta jornada dois onde todos marcaram, com os nabantinos a conseguirem nove golos, numa partida onde podia oferecer a ALMOFADA, mas o Vítor Pereira não deu minutos ao Gustavo Carvalho, pelo que esta semana não há prémio. O Murches voltou a perder, mas depois de ter trocado o guarda-redes na 1ª jornada, nesta o Caleta foi mais atrevido, arriscou sem ninguém na baliza, mas sofreu mais dois golos. Agora que a regra alterou, será que um dia deste vamos ter uma equipa a jogar com cinco jogadores de campo um jogo todo?”.

“Não me parece”.

“Ora aí está, há que motivar essa hipótese, dando mais dois pontos em caso de vitória”.

Mais uma ideia estapafúrdia!

“Para terminar, olhando para a classificação real, temos um empate total entre FC Porto e SC Tomar no topo”.

“Tens alguma forma inovadora para desempatar este tipo de coisas?”.

“Claro que sim! Os que tivessem mais cartões azuis ficavam à frente”.

“Queres dizer os que tivessem menos, certo?”.

“Não, mais. Uma equipa que tem mais penalizações e vai na frente, merece o desempate a seu favor!”.

“Pois, talvez… até para a semana”.

“Adeus Tio”, despediu-se ele.

O que se pode fazer a isto?

Vamos ter que nos habituar.

(10/10/2023) Há datas que são sempre mais importantes do que outras.

As dos aniversários dos nossos filhos são aquelas, que talvez, mais marcas deixam na nossa vida, sendo que no caso presente fui eu que escolhi a data do nascimento.

Tudo começou com um processo de embirração da miúda – foi sempre Cláudia desde que soubemos da gravidez – que se lembrou que estar sentada no quentinho da barriga da Mãe, era uma boa maneira de passar nove meses.

Ela não sabia, mas não era uma boa opção, pelo que a cesariana foi a solução, com essa possibilidade de escolhermos o dia de dar à luz. A primeira quinzena de outubro era a janela de oportunidade, não tínhamos nenhuma referência para esses dias, sendo que me lembrei que o dia dez do mês dez seria uma boa combinação numérica, principalmente para um Pai que nasceu a doze do último mês do ano.

Entretanto chegou a hora da nossa reunião, portátil a jeito e a aplicação pronta para a conversa.

“Boa noite Tio”, foram repetindo os três enquanto surgiam no pequeno ecrã.

“Boa noite juventude”.

“Muitos parabéns Tio”, saudou a RODINHAS.

“Não sou eu que faço anos, mas muito obrigado”.

“Mas o Pai também merece ser parabenizado, como dizem os brasileiros”.

“Já são quantos que a Cláudia faz?”, perguntou o ALÉU.

“Chegou aos 37 anos, está crescida”.

“Recordas-te bem desse dia?”, quis saber o OLHA.

“Sim. Foi na Clínica de São Gabriel em Lisboa, bem perto da Cervejaria Portugália, na Almirante Reis, assisti à cesariana, chorou depois de uma palmada no rabo e vim dar a notícia aos que estavam na sala de espera… à espera!”.

“Deixa-me adivinhar, depois foste lá beber uma imperial”, afirmou o OLHA.

“Acertaste. Com o meu Pai, o amigo Manuel Couto – já partiram os dois – e o Américo, o meu cunhado. Só erraste numa coisa, não foi só uma”, ri-me eu com vontade. “Um dia feliz, daqueles que ficam para sempre. Vamos ao trabalho, começando pelas senhoras, neste caso a única da nossa equipa. RODINHAS conta-nos tudo sobre as Cup”.

“Vou começar pela Eurockey de sub-17 que se realizou em Lloret del Mar, Espanha, nos escalões feminino e masculino. Do lado das miúdas não tivemos nenhuma equipa portuguesa, com a vitória a sorrir à seleção espanhola, já do lado dos rapazes tivemos quatro equipas lusas, duas chegaram à final, com a Oliveirense a derrotar o Valongo pela diferença mínima. Já na Elite feminina, que à semelhança da masculina se realizou em Tomar, também teve a mesma equipa como vencedora, com as encarnadas a baterem as cachopas da Aldeia do Hóquei, ou seja, não houve surpresa”.

“Não é fácil por cá bater o Benfica. Agora é a vez do ALÉU”.

“Bolas, a Terceirona este ano tem jogos que nunca mais acabam”, desabafou ele. “Estive a espreitar, muito por alto, os vinte e oito jogos que compõem cada jornada, sendo que no fim de semana já se realizou a 3ª jornada, pois tivemos uma no feriado do 5 de outubro. Entre alguns jogos adiados e o facto de cada uma das séries ter 15 equipas, o que significa que temos sempre uma formação que folga, apenas a equipa B do OC Barcelos conseguiu os nove pontos, liderando a série A. Para terminar fui à procura de algumas curiosidades numéricas e descobri que o Marítimo da Madeira ainda não marcou nenhum golo – em dois jogos – enquanto que a mais goleadora é o Tojal com 26 golos”, terminou o ALÉU.

“Agora chegou a vez do OLHA”.

“Eu estive no início da Segundona, vinte oito equipas à procura dos três lugares que dão a subida de divisão. Dois jogos – a Norte – só terminam daqui a pouco, todas as equipas marcaram golos, só tivemos um empate, em Torres Vedras, grande equilíbrio em quase todas as partidas, sendo que a maior diferença foi de três golos no jogo em Monte Santos. Tivemos dois jogos entre potenciais candidatos, em São João da Madeira, onde os de Viana levaram a melhor, enquanto que no Pico os açorianos bateram o Paço de Arcos. Este campeonato promete!”, concluiu o OLHA.

“Totalmente de acordo, vamos ter uma luta bem apertada pelos lugares mais ambicionados. Eu estive em Oliveira de Azeméis, duas formações que gostam de complicar a vida aos três grandes, os de Barcelos tinham começado a prova de barriga cheia, entraram melhor no jogo, mas os da casa foram mais fortes na fase decisiva da partida, com um golo argentino a fazer a diferença. Mais uma semana terminada, sábado regressamos à conversa”.

“Até lá Tio”, despediram-se eles.

“Portem-se bem”, pedi eu à minha juventude mais linda.

Foi em Mafamude, no Pavilhão de Santa Luzia que tivemos a SACADA desta semana.

Dezasseis golos, dez faltas para cada lado, marcadores dos golos divididos de forma equitativa pelos jogadores das duas formações, com o destaque para Carlos Couto (7) e Francisco Oliveira (5), os guarda-redes do Paço de Rei.

Conheci-o num Inter-Regiões, recentemente rumou, por motivos familiares, a Oliveira de Azeméis e foi decisivo na conquista da Liga Europeia de sub-17 com a sua nova camisola.

Para o Santiago Honório vai O VELHO desta semana.

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