Uma Itália super-eficaz e um Portugal sobre brasas afastam os lusos da final…


Cumpriu-se hoje uma das máximas mais importantes do desporto: “o jogo não se ganha no início mas PODE PERDER-SE…”. E foi exatamente o que aconteceu a Portugal no confronto da Semi-Final com a Itália.

O jogo iniciou-se numa toada rápida com Portugal a chamar a si as despesas do jogo com mais ataques e mais perigo junto da baliza italiana até que ao 4 minutos Giulio Piccoli arranca detrás da linha de meio campo e, aproveitando o espaço no flanco esquerdo de Portugal, ultrapassa Filipe Martins que tudo fez para acompanhar o italiano mas não o conseguiu de todo, aproveitando o “azzurro” os centímetros cedidos para rematar com êxito à baliza de “Kiko” Fernandes. Um pouco contra a corrente do jogo mas com mérito do ataque italiano, os transalpinos abriam o marcador.

Trinta segundos volvidos a Itália lança um contra-ataque mais uma vez por Piccoli e num novo arranque letal ultrapassou Miguel Henriques que não fez o necessário para impedir o avanço do adversário e permitiu que aquele, face a “Kiko”, utilizasse a técnica apurada de que é detentor para fazer o 2-0. Se no primeiro golo, “Kiko” Fernandes não teve hipóteses de chegar ao ângulo, desta vez foi alvo fácil do italiano que, no “um contra guarda-redes”, teve arte e engenho… De imediato, Vasco Vaz pede o necessário desconto de tempo para tentar lembrar aos seus jogadores que não se ganha somente a jogar bem ao ataque, é fundamental cumprir os princípios defensivos com acuidade.

Os portugueses “abanaram” um pouco pressionados pelo arranque tremendo da Itália mas voltaram ao ataque organizado, pressionando por sua vez a Itália, que passou um período restringida na sua meia-pista, até que Bertolucci pede o seu “time-out”. Nem 20 segundos decorreram e Giulio Piccoli foge a “Viti”, recebe um passe da lateral já dentro da área e não falha no confronto com “Kiko”. Segundo erro defensivo grave de Portugal que, infelizmente, teve pela frente uma equipa muito “fria” com um índice de eficácia tremendo.

Dois minutos depois Tiago Sanches transforma um Livre Direto proveniente do Cartão Azul com que Piccoli foi presenteado e reduz para Portugal. Os lusitanos animaram com o golo mas passaram a jogar “sobre brasas” não só por causa da pressão resultante do atraso no marcador mas ainda mais pela forma eficaz como os italianos defendiam, muito bem suportados pelo intratável guarda-redes Jacobo Raveggi e na facilidade com que os transalpinos transformavam jogadas defensivas em perigosos contra-ataques de tal forma que quanto mais o tempo passava, mais “desesperados” pareciam os jogadores portugueses pela “relógio” da constância defensiva dos adversários. Bem tentava Vasco Vaz transmitir aos seus jogadores organização e calma no ataque, pedindo-lhes que confiassem em si próprios e não tentassem resolver o jogo “com pressa”. Tiago Sanches ainda falhou uma grande penalidade a 5 minutos do intervalo mas Diogo Pernas volta a dar esperanças à nossa equipa 3 minutos depois.

O intervalo fez bem a Portugal que entrou muito bem na 2ª parte, a exemplo do que tinha feito na 1ª, pressionando os italianos e “empurrando-os” para a sua meia-pista, mas a verdade é que a Itália continuava a defender muito concentrada, a atacar só pelo seguro e a contar com um (dois!!!) guarda-redes muito eficiente(s). E não é que, com 4 minutos decorridos e Portugal totalmente concentrado no ataque à baliza italiana, o outro Piccoli, Geoele, faz das suas também, e termina um contra-ataque apoiado com uma “picadinha” fabulosa que bateu o desafortunado “Kiko” Fernandes. Incrédulos, os portugueses voltaram ao ataque mas a Itália estava por cima e os nossos jogadores continuaram a defender mal, de tal forma que Matteo Cardella avança pela ala esquerda e chega até à zona da marcação do livre direto sem qualquer oposição e com tal liberdade que aplicou, logicamente, um potente remate potente, não permitindo a defesa ao guarda-redes português que me pareceu não ter feito tudo o que deveria. Estava traçado o destino do jogo!

Depois de muitas peripécias e algumas bolas paradas desperdiçadas, com o jogo a avançar para o fim, Miguel Henriques ainda faz o 3-5 (a 3 minutos do final) mas a verdade é que a vitória já estava “selada” há algum tempo dada a quantidade de erros não forçados que a equipa portuguesa cometia.

É importante, neste momento, lembrar a equipa lusitana que o campeonato ainda não terminou e que o 3º lugar é um mal menor, face à impossibilidade de chegarmos à final. Mas é importante lembrar, também, que os nossos jogadores têm MUITO VALOR mas que isto só não ganha jogos, num momento em que todas as equipas trabalham já num nível bastante exigente todas as componentes do jogo e se nós queremos ser melhores que os outros temos de os superar em todas as áreas e não somente na disponibilidade técnica. Rapazes, não morreu ninguém e convém não esquecer que estão a trabalhar para serem jogadores completos e, apesar da relevância deste campeonato mundial sub20, continua a não ser mais do que uma etapa na formação dos jovens jogadores a caminho da sua preparação para grandes voos. A nossa equipa aceitou a derrota com muita honra e nível e agora vamos é recuperar os níveis anímicos, lembrar os erros cometidos para os evitar no futuro e… assaltar a Espanha para o 3º lugar. Confio em vós todos! Força, Vasco!

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