
Hoje vou fazer um pouco daquilo que o meu QUERIDO AMIGO Jorge Paulino faz nas suas crónicas, e não há nada melhor do que o Natal para o tentar replicar… A ver vamos se o consigo com este despretensioso, resumido e breve RETRATO DE NATAL…
O Natal tem origens em cultos e celebrações que nós, cristãos e celebrantes do Natal de Jesus Cristo, nem imaginaríamos… As raízes pagãs do Natal, antes do século IV, têm como base o Solstício de Inverno, que era o dia mais curto do ano no hemisfério norte, dia que era visto por várias culturas como um período de renovação que celebrava o renascimento do sol, ou seja, o aumento do período com luz solar a partir daquele dia… Mas também a civilização romana festejava a Saturnália, festival pagão da Roma Antiga, em honra de Saturno, deus da agricultura, celebrado no período de 17 a 23 de dezembro, que se tornou um dos feriados mais populares, marcado por banquetes, jogos, troca de presentes e com os “senhores” servindo os escravos em clima de carnaval. Saturno era também o deus do tempo e da riqueza e remetia a uma “Era de Ouro” de prosperidade e igualdade, como tal celebrado sempre com muita festa e animação e marcava o fim do ano agrícola e religioso, trazendo esperança para as colheitas futuras. Durante este período de festas, acontecia a festa romana mais popular no dia 25 de dezembro que celebrava o deus Sol, associado ao “nascimento” do sol após o solstício. É mais do que certo que este festival influenciou as celebrações de Natal e festas de fim de ano atuais.
Do século IV em diante, deu-se a cristianização desta data com a Igreja Católica a consolidar-se e a escolher o dia 25 de dezembro para a celebração de Jesus na tentativa de suplantar as festas pagãs, dando-lhes novo significado cristão. O Papa Júlio I, que viveu do ano 337 a 352, é creditado por ter oficializado a data, como foi registado no Cronógrafo de 354, um calendário ilustrado do ano 354, obra do calígrafo Fúrio Dionísio Filócalo, cujo nome é mencionado na dedicatória na primeira página do códex, oferecido a um aristocrata romano de fé cristã chamado Valentino. Relembro que o códex era um livro antigo com folhas de papiro que eram unidas com agulha e fio. É então que “nascimento do Senhor” (Natale Domini) vem substituir o nascimento do sol pagão, transformando a renovação da natureza na renovação espiritual em Cristo e oficializar o dia 25 de dezembro, que se tornou a data oficial no século IV por decisão papal, transformando antigos rituais de renovação e luz no nascimento do “Sol da Justiça” cristão
E, no meio desta tão rápida e despretensiosa explicação das festividades de Natal, falta-me somente referir o Pai Natal, Papai Noel ou Santa Claus… Esta última designação advém de São Nicolau, um bispo do século IV conhecido pela sua generosidade, com lendas que evoluíram para a figura moderna nos EUA, popularizada depois por ilustrações e poemas no século XIX. O Pai Natal é, assim, uma figura lendária originária da cultura cristã ocidental que, segundo a lenda, traz presentes durante o final da noite e véspera de Natal. Diz-se que os elfos natalinos fazem os presentes na oficina do Papai Noel, enquanto renas voadoras puxam o seu trenó pelo ar…
Em resumo, o Natal é uma festa cristã que absorveu e deu novo significado a antigas celebrações de luz e renovação, centrando-se no nascimento de Jesus Cristo, mas mantendo ecos de tradições pagãs nos seus rituais e símbolos. E, após este “passo”, vem agora o mais importante que é relembrar que o Natal é tempo de LUZ e RENOVAÇÃO… Luz com o significado de guia de fé e perseverança, incentivando a eterna busca pelo bem e pelo bem estar começando no nosso lar… Renovação porque é quando a esperança se renova, os sentimentos se transformam e os corações se abrem para o amor, a solidariedade e o fortalecimento da fé em dias melhores… Natal é tempo de renovação, onde a esperança ganha novas formas e o amor se fortalece. Natal, com prendas ou não, é tempo de nos lembrarmos de todos aqueles que amamos e daqueles que nos amam, de nos lembrarmos de lhes dedicar tempo do nosso “tempo” do dia a dia, lembrarmo-nos da velocidade com que tudo acontece, em que há dias era Natal 2024 e agora já estamos no Natal de novo, mas de 2025, a vida passa tão rápida e é nossa “obrigação” celebrar todos os dias do ano como se tratasse do dia de Natal…
DESEJO A TODOS UM BOM NATAL, COM MUITA SAÚDE E PAZ, NO “CALOR” DA FAMÍLIA.









