Benfica-Oliveirense, o que esperar?


O Benfica-Oliveirense de hoje vem carregado de emoção e se alguém tiver dúvidas de que vai ser novamente um jogo equilibradíssimo, mais vale recordar que os dois jogos anteriores tiveram 60 minutos e ainda mais o tempo necessário para a decisão das Grandes Penalidades…

Recordemos o que se passou em ambos os jogos anteriores:

Longe de querer ser pretensioso e com a simplicidade de quem vê estes jogos só pela TV com o Oceano Atlântico pelo meio, “ao longe”, deixo-vos abaixo a minha visão de ambas as equipas.

SL BENFICA

No Benfica, para além de Pedro Henriques, que como qualquer ótimo Guarda-Redes, tem obrigatoriamente de ser um dos homens mais importantes e influentes da equipa quando se defrontam adversários de valia idêntica, gostaria de destacar o inquestionável Nicolía porque, por mais voltas que se dê, tem sido ele uma das chaves para desbloquear os jogos. Nicolía continua a ter um peso enorme neste Benfica muito bem aproveitado por Nuno Resende que não o “gasta” de início, antes entrando sempre quando a equipa já “rola”. Mas este Benfica, como super equipa que é, que se guarda sempre para os momentos decisivos, tem outras armas muito importantes e, se é inquestionável a influência de Lucas Ordóñez, também não se pode desprezar a oportunidade de “Pablito” Álvarez que, ao contrário do seu compatriota, não se dá por ele até que… marque golo!!! Com características algo diferentes, Lucas (36 anos) a criar (e finalizar) e Pablito (37 anos) a aproveitar (quase) todas as oportunidades, neles a idade não conta. Se os 38 anos de Nicolía obrigam à utilização bem doseada do seu tempo em pista, já o mesmo não se coloca a 2 jogadores que têm também sido fundamentais no “tandem” defensivo/ofensivo da equipa: Nil Roca, desde sempre um elemento com uma importância extrema na manobra da equipa, e Roberto Di Benedetto, a melhorar de ano para ano, de mês para mês, de dia para dia, agora com lugar cativo nesta equipa a mostrar uma criatividade que faz jus ao nome “Di Benedetto”. A juntar a estes, e que me perdoem os restantes, há 2 nomes que ocupam, no meu parecer, lugares diametralmente opostos: Gonçalo Pinto, jogador de área, “parceiro” de Álvarez, jogador estável e com grande sentido de oportunidade e Zé Miranda, a nova coqueluche deste Benfica, um jogador fabuloso na transição mas que se tem caracterizado por ser também um finalizador. O Benfica tem em Miranda um craque do presente mas com futuro que garante um “novo” Vítor Fortunato ou Valter Neves e continua a ter em Diogo Rafael um capitão influentíssimo e que está sempre presente e não tem falhado quando a equipa dele necessita.

UD OLIVEIRENSE

A Oliveirense de Edo Bosch é “outra equipa”! Edo trouxe à Oliveirense uma organização que a equipa necessitava porque, apesar de constituída por craques de reputação confirmada, nunca em anos anteriores a equipa conseguiu ser de facto “equipa”, tal como agora acontece. Edo Bosch é um treinador que não engana, que transmite aos seus jogadores uma “fome” de ganhar, uma “garra” de não quebrar e também uma organização de relógio suíço, mas Edo também “trouxe” à equipa “algo” extremamente importante e que tem sido a razão desta Oliveirense ser a equipa estável que é: ocupa lugar na baliza e chama-se “Xano”… Edo…!!! “Xano” é um talento incrível, um Guarda-Redes com uma maturidade que não é normal num rapaz com 22 anos, um autêntico “talento puro” que beneficiou, certamente, dos genes paternais, mas que se tem imposto por si próprio, sem dever absolutamente nada ao nome familiar. É um Guarda-Redes extremamente “frio” com uma apetência natural para ocupar aquela tão específica posição numa equipa de hóquei em patins, com uma capacidade tremenda de fechar a baliza nas situações de bola parada (vejam-se as estatísticas!) e que tem sido, sem qualquer espécie de dúvida, uma das mais importantes razões porque a Oliveirense está como está! Obviamente que a razão porque a Oliveirense está como está tem um nome: “EQUIPA”. De facto, é a forma como todos os seus jogadores funcionam que dá força a esta Oliveirense, força vinda de “fora” mas que encontra réplica nos elementos que patinam em pista. Não será novidade para ninguém que Edo Bosch tenha atribuído a 2 jogadores a missão de “motorizarem” a sua equipa, jogadores tipo “formiga”, super trabalhadores, que não “saltam” à vista mas que sem eles a equipa funcionaria deficientemente: “Xavi” Cardoso e Nuno Santos são diamantes que foram lentamente lapidados mas que agora se afirmam como peças fundamentais na equipa de Azeméis, jogadores que não se dá muito por eles mas que jogam com um “coração” enorme, dando sempre tudo em prol da equipa, chegando a “locais” em “momentos” perfeitamente sincronizados, parecendo por vezes que adivinham o que se vai passar a seguir. Que me perdoem se não concordam mas estes dois jogadores fazem-me adorar ver Hóquei em Patins! Mas quando pensamos que fica por aqui, aparecem dois talentos fenomenais: “Facu” Navarro e Lucas Martínez. Que jogadores, meu Deus!!! Lucas encontrou com “este treinador” outra alma e outro lugar na equipa, está para durar, é um perigo na transformação de bolas paradas e tem tido uma influência extrema no bom comportamento da sua equipa com a oportunidade com que cria mas de igual forma com a genialidade com que finaliza. De “Facu” Navarro diria quase a mesma coisa mas com uma diferença importante: os 12 anos que separam as idades de cada um… Navarro é um fenómeno, como muito bem o caracterizou Pedro Gonçalves aos microfones da Eleven, e de facto é um portanto de técnica aliada a uma força que não atrapalha em nada as ações mais “finas” que têm consequências devastadoras para os seus adversários. Mas esta Oliveirense tem um segredo: Edo Bosch deu a todos os seus jogadores a mesma importância e é uma das poucas (quase a única) equipa que entra em pista com um “quatro” inicial na primeira parte e outro totalmente diverso na segunda parte, facto que motiva extraordinariamente os jogadores que sabem que o seu técnico confia neles e que todos eles contam para o jogo. E é aí que aparecem Bruno Di Benedetto, que tem lentamente vindo a ter uma influência cada vez mais vincante à medida que a época avança e o capitão Marc Torra, sempre importante e sempre presente nos momentos decisivos da equipa. Para terminar, referência a Diogo Abreu e Franco Platero, suportes perfeitos para toda a estrutura que Edo Bosch montou para que esta Oliveirense seja, “finalmente”, campeã nacional.

COMPARAÇÃO

CONCLUSÃO

Não há!!!!!! EHEHEH… A única conclusão que se pode tirar deste suposto artigo é que o jogo de mais logo vai ser uma incógnita, nunca se sabendo se vai manter os níveis de equilíbrio dos dois jogos anteriores ou se vai acontecer aquilo que se passou em 1 de novembro e 2023 (vitória do Benfica em Oliveira de Azeméis por 4-0). Vejamos os confrontos entre as duas equipas nesta época desportiva:

O que se pode esperar, portanto, é um jogo extremamente competitivo e que não será decisivo mas terá um peso enorme aquando do início do 4º jogo da série, no próximo domingo.

O jogo vai ter transmissão em DIRETO através do Portal TV da Federação de Patinagem de Portugal, para além dos canais oficiais ou plataformas das redes sociais dos clubes envolvidos:

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